Atuação da Enfermagem na Força Nacional do SUS fortalece ações de repatriados do Líbano

Enfermagem está na linha de frente, oferecendo não apenas cuidados técnicos, mas também acolhimento, empatia e suporte emocional aos cidadãos em situação de vulnerabilidade

09.10.2024

Foto: Rafael Nascimento/MS

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) tem desempenhado um papel fundamental em missões humanitárias, executando medidas de prevenção, assistência e resposta a situações epidemiológicas, de desastres e de desassistência à população. Atualmente, a força atua na repatriação de brasileiros por meio da operação ‘Raízes do Cedro’, que resgata cidadãos que estão em zonas de conflito no Oriente Médio.

Para garantir um acolhimento adequado, a Força Nacional do SUS mobilizou uma equipe multidisciplinar composta por 15 profissionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, que receberam orientações sobre os aspectos culturais. A operação de repatriamento é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em parceria com os Ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e Segurança Pública, da Defesa, da Saúde e dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Equipe da Força Nacional do SU

Dentro desse contexto, a Enfermagem desempenha um papel central, responsável por uma série de procedimentos que garantem tanto a saúde física quanto o bem-estar emocional dos repatriados. Os enfermeiros realizam triagens iniciais para avaliar as condições física e psicológica, coletando informações sobre o histórico de saúde e identificando necessidades específicas. Eles são fundamentais para detectar condições como desidratação, desnutrição, ferimentos e doenças que necessitam de tratamento, uma vez que muitos repatriados enfrentaram situações extremas que podem comprometer sua saúde.

Silvia Neri, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção Primária à Saúde do Cofen (CTAPS), ressalta que a Força Nacional do SUS é uma resposta necessária e urgente às demandas emergenciais que o país enfrenta, enfatizando a importância da atuação da Enfermagem nesse contexto. “Nossos profissionais estão na linha de frente, oferecendo não apenas cuidados técnicos, mas também acolhimento, empatia e suporte emocional aos cidadãos em situação de vulnerabilidade. A atuação deles vai muito além da realização de procedimentos; trata-se de estar presente, ouvir e entender as necessidades de cada indivíduo”, destaca.

Jamele Dargham, 73 anos, comerciante aposentada, é uma das pessoas que voltaram para o Brasil fugindo dos bombardeios. “Fui atendida, mediram minha pressão e felizmente está tudo bem comigo”, disse a idosa depois de ser atendida pelos voluntários da Força Nacional do SUS.

Foto: Rafael Nascimento/MS

Além dos cuidados clínicos, os enfermeiros também oferecem suporte emocional, proporcionando conforto e orientação para lidar com o estresse e a ansiedade que podem surgir após experiências traumáticas. Eles são responsáveis por encaminhar os repatriados para serviços de saúde adequados, incluindo consultas com especialistas e acompanhamento psicológico. Essa atuação não se limita às intervenções imediatas; envolve um acompanhamento contínuo, assegurando que todos os repatriados tenham acesso ao cuidado necessário, respeitando suas individualidades e promovendo um retorno seguro ao Brasil.

O estudante Karim Halawi, de 21 anos, foi um dos brasileiros recepcionados. Ele afirmou que é bom se sentir seguro novamente, diante das cenas de guerra que presenciou: “Estamos vivos, graças a Deus, o medo passou”.

O governo brasileiro estabelece a meta de repatriar cerca de 500 pessoas por semana, priorizando grupos vulneráveis, incluindo idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas específicas. No total, cerca de 21 mil brasileiros residem no Líbano, e aproximadamente 3 mil já buscaram a Embaixada em Beirute para solicitar o retorno ao Brasil.

Fonte: Ascom/Cofen

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